No
mesmo sol
Que
acariciou o rosto
De
Homero
Está
a poesia!
Na
mesa de bar
No
falar do povo
Nos
adágios gastos
No
ônibus lotado
No
fervor místico
Na
sanha do ateu
Na
voz da criança
Na
pedra tumular
Na
madeira podre
No
desgaste dos ossos
No
vento de sempre
No
eterno rouxinol
A
poesia está em tudo
Mas
não se lança fácil
Aos
nossos braços
Sem
artefato
É
preciso também ser íntimo
Da
madrugada e do tempo
E
uma predisposição
À
tez do silêncio
É
preciso paciência
Nada
esperar
Nenhuma
recompensa
Além
da própria lírica
A
poesia é mais importante
Que
o poeta.
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