Oito e cinco da noite
- Continuo esperando o ônibus -
Oito e dez
- Acendo outro cigarro -
Se não houvesse tanta espera na vida
juro que parava com os cigarros
Oito e meia
E um desânimo profundo
Toma conta do meu ser:
Desisto de esperar
Aceito ficar eternamente
No ponto de ônibus
Deitarei no chão úmido
Dias e noites virão
Restarei – sem perspectiva
Até a desintegração total.
Nenhum comentário:
Postar um comentário