Não
sou o que fui
Nem
o que seria
Sou
A
grama
O
rasto
de
Algas
No
corpo
Não
serei o que perdi
O
que hei de perder
Sou
Despojado
Estátua
de sal
Na
chuva
Não
prometo nada
Convivo
calado
Com
objetos
Projetos
De
silêncio
Passo
o tempo em drágeas
Por
intervalos de dor
Concubina
da insatisfação
Não
sei crer
Nem
rezar
O
mundo se move brusco
Sob
meus pés
O
mundo explode a cada segundo
E
lá no fundo dos
Escombros
Brilha
um estilhaço de vidro
É
minha voz
Desmaiada
Contestando
o caos.
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